O pai de santo, Babalorixa Alexandre Montecerrath, conquistou a primeira vitória contra a Netflix e o programa Porta dos Fundos. A juíza Rosana Simen Rangel, da 26ª Vara Cível do Rio de Janeiro, determinou a isenção de custas processuais para o centro de umbanda Ilê Asé Ofá de Prata em favor do seu representante no processo.
O advogado Anselmo Ferreira Melo Costa, que representa o pai de santo, disse que a isenção das custas processuais garante o livre acesso à justiça num estado democrático de direito, já que foi comprovado que ele não possui recursos financeiros no processo.
A ação judicial começou após o streaming exibir um especial de Natal produzido pelo Porta dos Fundos. Segundo o pai de santo, “o enredo é totalmente desrespeitoso e adultera totalmente a história de Jesus. O filme traz uma imagem de Jesus Cristo homossexual, que faz uso de chás alucinógenos e que, ainda, tem dúvida quanto ao seu dever como filho de Deus, além do uso de palavras de baixo calão, apologia às drogas, dentre outras coisas que ironizam e debocham com a fé alheia”.
O Babalorixa pede indenização de R$ 1 bilhão não para ele, mas sim para todas instituições religiosas carentes contra a produtora do programa e contra a plataforma de streaming alegando que a atração é uma “afronta aos valores religiosos” e, por se sentir ofendido, quer ver prevalecer o valor por danos morais e também exige que o título seja retirado do ar.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias