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Bolacha recheada reduz 40 minutos de vida e banana acrescenta oito, aponta estudo brasileiro

09/05/25 - 14:34
Foto: Pixabay - No total, o estudo analisou os 33 alimentos que mais contribuem para a ingestão calórica no país, com base nos dados da Pesquisa Nacional de Alimentação (INA 2017–2018), abrangendo o grupo de brasileiros com mais de 10 anos de idade
Foto: Pixabay - No total, o estudo analisou os 33 alimentos que mais contribuem para a ingestão calórica no país, com base nos dados da Pesquisa Nacional de Alimentação (INA 2017–2018), abrangendo o grupo de brasileiros com mais de 10 anos de idade

 

 

As bolachas recheadas, tão comuns na rotina alimentar de boa parte da população, podem representar uma perda de quase 40 minutos de vida saudável por porção. Já uma banana pode significar um acréscimo superior a oito minutos. O peixe de água doce, por sua vez, adiciona cerca de 17 minutos ao tempo de vida com qualidade. Esses são alguns dos dados revelados em um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), publicado na revista International Journal of Environmental Research and Public Health, e divulgado em 09/05/2025.

 

O levantamento utilizou, pela primeira vez no Brasil, o índice HENI (Índice Nutricional de Saúde, na sigla em inglês), uma métrica desenvolvida por cientistas dos Estados Unidos. Com base em evidências epidemiológicas, o HENI estima o número de minutos de vida saudável ganhos ou perdidos com o consumo de uma porção média de determinado alimento.

 

No total, o estudo analisou os 33 alimentos que mais contribuem para a ingestão calórica no país, com base nos dados da Pesquisa Nacional de Alimentação (INA 2017–2018), abrangendo o grupo de brasileiros com mais de 10 anos de idade, conforme informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares. O saldo nacional foi negativo: uma média de −5,89 minutos de vida saudável por alimento consumido.

 

Segundo os autores da pesquisa, os números não devem ser interpretados de forma literal ou alarmista. Comer uma bolacha recheada eventualmente não representa um risco imediato ou direto. O índice busca refletir o padrão alimentar predominante no país e ressaltar o potencial de substituições mais equilibradas no cotidiano.

 

O HENI leva em consideração 15 fatores ligados ao risco de doenças crônicas, a partir das pesquisas do Global Burden of Disease. Entre os itens avaliados negativamente estão carnes processadas, excesso de sódio, gorduras trans e bebidas açucaradas. Por outro lado, alimentos com fibras, frutas, vegetais, leguminosas, leite e ômega-3 de peixes representam componentes positivos.

 

Os pesquisadores alertam que o efeito de um alimento deve ser considerado dentro do contexto da dieta total. A ideia é imaginar uma espécie de “balança”: alimentos com pontuação positiva aumentam os minutos de vida saudável, enquanto aqueles com pontuação negativa os reduzem. O saldo final depende do conjunto da alimentação, e não de um único alimento isolado.

 

Alimentos com pior desempenho no HENI (minutos de vida saudável perdidos por porção):

  • Biscoito recheado: −39,69 minutos
  • Carne suína: −36,09 minutos
  • Margarina: −24,76 minutos
  • Carne bovina: −21,86 minutos
  • Empanado de frango: −17,88 minutos
  • Presunto: −15,71 minutos
  • Refrigerante com açúcar: −12,75 minutos
  • Pizza de mussarela: −11,61 minutos
  • Cachorro-quente: −10,63 minutos

 

Alimentos com melhor desempenho no HENI (minutos de vida saudável ganhos por porção):

  • Peixe de água doce: +17,22 minutos
  • Banana: +8,08 minutos
  • Feijão: +6,53 minutos
  • Suco natural de fruta: +5,69 minutos
  • Arroz integral: +4,71 minutos
  • Azeite de oliva: +3,34 minutos
  • Aveia: +2,78 minutos
  • Tomate: +2,65 minutos
  • Castanha-do-pará: +2,34 minutos

 

De acordo com os autores, a principal utilidade do índice é orientar substituições alimentares. Reduzir o consumo de alimentos com impacto negativo e incluir mais itens positivos pode melhorar o saldo final da dieta, mesmo com mudanças pequenas no dia a dia. O objetivo não é proibir ou demonizar produtos, mas ampliar a informação com base científica e permitir decisões mais conscientes.

 

A pesquisa também identificou disparidades regionais nos hábitos alimentares. Para isso, os estados foram agrupados em quatro grandes regiões com características semelhantes, chamadas de clusters. Os grupos denominados Cinturão Agrícola (AC, RO, MT, MS, GO e TO) e Pólo Econômico Central (RS, SC, PR, SP, MG, RJ e ES) apresentaram os maiores níveis de consumo de biscoito recheado.

 

Embora arroz, feijão e carne bovina estejam presentes nas quatro regiões analisadas, há variações relevantes no peso de ultraprocessados e na presença de itens regionais, como carne seca, tapioca, cuscuz ou açaí com granola. A pesquisa também apontou uma tendência preocupante de monotonia alimentar — ou seja, a repetição de um número reduzido de alimentos, o que limita a diversidade nutricional e seus benefícios à saúde.

 

"Observamos que a base da dieta nacional é pouco variada e há consumo reduzido de alimentos nativos e da sociobiodiversidade, como pequi, taioba ou açaí puro, sendo observado apenas alguns alimentos regionais como cuscuz, feijão de corda, açaí com granola e tapioca", explica a nutricionista da USP Marhya Júlia Leite, uma das autoras do estudo.

 

Além do impacto sobre a saúde, o levantamento avaliou também os efeitos ambientais de cada alimento. As análises consideraram dois critérios principais: emissão de gases de efeito estufa (medidos em quilos de CO₂ equivalente) e consumo de água (em litros). Os alimentos de origem animal lideraram os índices de impacto ambiental, com destaque para a carne bovina, que pode emitir mais de 21 kg de CO₂eq por porção. Já a pizza de mussarela ultrapassa os 300 litros de água consumidos por unidade.

 

Combinando dados sobre saúde e meio ambiente, os pesquisadores reforçam que é possível e necessário promover mudanças que levem a um sistema alimentar mais sustentável, saudável e variado para todos os brasileiros.

 

 

Da Redação

Com informações G1

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