Uma servidora pública, de 59 anos, morreu 72 dias depois de ser submetida a uma abdominoplastia e outros procedimentos estéticos em um hospital particular do bairro Belvedere, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Após o ocorrido, a família registrou boletim de ocorrência contra o cirurgião, que é dono de uma clínica no bairro Anchieta, apontando negligência médica.
À Polícia Militar (PM), o filho da vítima contou que a mãe passou pelos procedimentos no dia 5 de fevereiro e morreu em 17 de abril.
Segundo ele, a mãe se internou para fazer os procedimentos e, no dia seguinte, já recebeu alta médica para dar prosseguimento à recuperação em casa. No entanto, cinco dias depois, ela relatou ao médico que estava tendo complicações, como inchaço no abdome, necrose, diarreia, náusea e vômito.
A partir do relato, ele conta que o médico orientou a mãe a não procurar um hospital, mas continuar o tratamento em casa. Depois, segundo ele, o cirurgião passou o contato para sua secretária, que pediu fotos das lesões, informou que “tudo estava bem” e indicou alguns medicamentos.
Porém, as feridas, de acordo com ele, continuaram se agravando e, no dia 14 de fevereiro, a família entrou em contato com o médico responsável. Ele orientou levar a servidora até a clínica e, no local, retirou um dreno de sucção a vácuo na região sacral - acima do ânus - e verificou que ela estava com sinais avançados de infecção.
Posteriormente, conforme ele, o médico orientou levar a servidora para o hospital, onde foi internada imediatamente. Dias depois, foi identificada lesões e infecção por bactérias muito resistentes. Com isso, ela foi submetida a uma nova cirurgia para retirada da parte necrosada. Ao passar dos dias, o estado de saúde dela foi se agravando até que em 17 de abril veio a óbito.
O filho da vítima disse, ainda, à polícia, que durante a internação ela foi coagida pelo médico, que fez “pressão psicológica” tentando responsabilizá-la por seu quadro. Familiares também relataram que o profissional dificultou o acesso a informações sobre o procedimento cirúrgico inicial, o que pode ter “dificultado o diagnóstico da equipe médica do hospital”.
A reportagem procurou o médico responsável pelo procedimento, por meio dos contatos disponibilizados pela clínica, e o espaço segue aberto.
O que diz a Polícia Civil?
Questionada sobre as investigações, a Polícia Civil destacou que “instaurou inquérito policial para apurar as circunstâncias e a causa da morte da mulher, de 59 anos, registrada no dia 19 de abril”.
“A investigação prossegue com a realização das diligências necessárias à elucidação dos fatos. Outras informações serão repassadas após a conclusão dos trabalhos”, finaliza.
Por Itatiaia
Sete Lagoas Notícias
FIQUE BEM INFORMADO, SIGA O SETE LAGOAS NOTÍCIAS NAS REDES SOCIAIS:
Twitter - X
https://twitter.com/7lagoasnoticias
Instagram:
https://www.instagram.com/setelagoasnoticias
Facebook: