Uma bebê nasceu com uma condição rara conhecida como “feto no feto”, e com apenas seis semanas de vida precisou passar por uma cirurgia para retirar um "gêmeo parasita" que estava próximo ao intestino delgado.
Micaela Alves da Silva, de 25 anos, mãe da menina, procurou atendimento médico na semana passada, porque a filha chorava muito e vomitava um liquido verde, além de estar com semiobstrução intestinal.
No Hospital de Santa Maria, no Distrito Federal, foram feitas uma radiografia e uma tomografia de abdômen, que mostraram a possibilidade de um tumor, mas com características de ossificação dentro da massa. Por ser um caso complexo, a equipe do hospital encaminhou a criança para o Hospital Materno Infantil de Brasília, que é o centro referência em cirurgia pediátrica, onde foi feito a retirada do feto parasita. A criança já recebeu alta e passa bem.
Apesar de ser uma condição extremamente rara e acontecer com uma a cada 500 mil crianças, recentemente uma bebê colombiana, batizada como Itzamara, também nasceu com um feto dentro dela. Porém, o caso de Itzamara é ainda mais incomum, pois os médicos identificaram o feto dentro da criança ainda na gestação da mãe.
Monica Vega, de 33 anos, mãe da menina colombiana, descobriu a anomalia cinco semanas antes do parto. Um médico anterior, acreditava que o bebê tinha um cisto no fígado, mas essa teoria foi jogada por terra, após um segundo obstetra usar um Doppler colorido e imagens de ultrassom 3D/4D, que foi capaz de ver que o espaço cheio de fluido, na verdade, continha um bebê minúsculo, sustentado por um cordão umbilical separado que extraia sangue, e conectado ao intestino do gêmeo maior.
O parto de Itzamara foi adiantado, pois os médicos temiam que a gêmea interna esmagasse seus órgãos abdominais. Então com 37 semanas de gravidez, Monica se submeteu a uma cesariana. No dia seguinte após o parto, o gêmeo fetal foi removido por cirurgia laparoscópica.
Gêmeo parasita ou como é cientificamente chamado “fetus in fetu”, é um caso muito raro no qual um feto não viável ou malformado é absolvido pelo seu gêmeo com desenvolvimento normal, e que em geral fica alojado no abdômen ou na cavidade retroperineal.
Muitas vezes esses fetos são diagnosticados equivocadamente como teratoma, um tumor que pode conter ossos, tecido muscular e cabelo.
Da Redução
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