Os desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) rejeitaram por unaimidade, na tarde desta terça-feira (22), os embargos infringentes da defesa do ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB), condenado a 20 anos de prisão por peculato e lavagem de dinheiro no caso conhecido como “Mensalão Tucano”. Os magistrados ainda determinaram a emissão imediata do mandado de prisão contra o ex-governador do estado.
A defesa de Azeredo ainda entrou com pedido de embargos de embargos declaratórios, o que reporesenta mais prazo para os advogados antes da expedição definitiva do mandado de prisão, decisão que ainda está em análise pelo TJMG.
Na ocasião da condenação do ex-presidente Lula, no caso do triplex do Guarujá, o juiz Sérgio Moro não esperou a análise de tais recursos e expediu o mandado de prisão tão logo o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou o mérito da validade da prisão em segunda instância.
No caso de Azeredo, a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) foi de que o tucano era um dos principais articuladores do esquema que retirava recursos de estatais como o Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). O dinheiro foi repassado, de acordo com as investigações, para a campanha pela reeleição de Azeredo, em 1998, ocasião em que ele acabou derrotado por Itamar Franco.
Para a movimentação dos recursos, segundo o MP, o esquema usava agências de publicidade do empresário Marcos Valério, atualmente preso na Apac em Sete Lagoas.
Da Redação
Com Agências
Sete Lagoas Notícias