O governador Fernando Pimentel, por telefone, participou na manhã desta quinta-feira (15) do programa O Povo no Rádio, atração de todas as manhãs da Musirama FM. Ele foi entrevistado pelo apresentador e deputado estadual Douglas Melo, a quem havia designado a tarefa de anunciar a publicação do edital de licitação para realização das obras de duplicação da MG 424, conhecida como Estrada Velha, antiga ligação entre Sete Lagoas e a capital mineira e ao aeroporto de Confins.
O governador adiantou que as obras estão previstas para começar no segundo semestre de 2018. O deputado destacou que a duplicação da rodovia, concedida à iniciativa privada pelo Governo de Minas (clique e relembre), deve beneficiar usuários da região, devido ao intenso tráfego que abriga, estimado em 12 mil veículos por dia – embora haja previsão para cobrança de pegádio em dois pontos, num percuso de apenas 51,08 km.
Durante a entrevista, Douglas Melo aproveitou para agradecer Pimentel pelo apoio em outras demandas, como a instalação da 19ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), além de usar o microfone da emissora para destacar suas realizações no mandato de deputado estadual. Pimentel também falou de suas origens familiares em Inhaúma e cumprimentou o Diretor da Rede Padrão de Comunicação, Geraldo Padrão, também presente no estúdio.
Repasses retidos
No entanto, um importante tema deixou de ser tratado na oportunidade: a retenção de repasses obrigatórios que o Governo de Minas faz com recursos de Sete Lagoas e dos outros municípios do estado. O SeteLagoasNotícias.com.br apurou que cerca de 100 milhões deixaram de ser repassados ao município, em valores arrecadados com impostos como IPVA e ICMS, além de outras verbas previstas em lei referentes à saúde e educação.
Desse montante, R$ 75 milhões seriam referentes somente à saúde. O restante é relativo a repasses do Transporte Escolar, IPVA e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
No início do ano, a Associação Mineira de Municípios (AMM) liderou um movimento para pleitear na Justiça o pagamento das dívidas com os municípios mineiros e acusou o Governo de Minas de estar se apropriando de recursos das cidades indevidamente, ao não realizar os repasses previstos na Constituição Federal, desde o final de 2017.
A pressão da AMM surtiu efeito e uma parcela de R$ 480 milhões referentes a ICMS e ao Fundeb foi repassada em 6 fevereiro e outros repasses passaram a ser regualarizados, desde então. No entanto, de acordo com o Departamento de Economia da AMM, o valor total devido pelo Governo de Minas aos municípios em repasses constitucionais ainda é de cerca de R$ 1 bilhão.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias