O prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil anunciou em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (26) que irá recuar no processo de reabertura do comércio na capital, apenas serviços considerados essenciais poderão abrir as portas. A medida tem o intuito de diminuir a propagação do novo coronavírus e conter a crescente demanda por internações no sistema público de saúde.
Poderão funcionar estabelecimentos como postos de gasolina, supermercados, sacolões, farmácias, laboratórios, clínicas e consultórios médicos, hospitais e demais serviços de saúde situados no interior de shopping centers, centros de comércio e galerias de lojas; clínicas veterinárias. Óticas, agências bancárias, casas lotéricas e Correios também fazem parte da relação. Esta é a chamada 'Fase 0' do processo de reabertura estabelecido pela prefeitura.
A medida foi tomada em conjunto pelo prefeito e os especialistas do Comitê de Enfrentamento à Epidemia da COVID-19 na capital mineira. No processo de tomada de decisão, foram analisados três indicadores principais: o número médio de transmissão por infectado (Rt) e as taxas de ocupação de UTIs e leitos de enfermaria específicos para pacientes com a doença.
Ao justificar a decisão, Kalil citou a piora nos números da doença em BH. Atualmente, as taxas de ocupação de UTIs e leitos de enfermaria são 85% e 69%, respectivamente. O Rt está em 1,09. Segundo boletim epidemiológico divulgado nesta sexta pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), a capital registra 4.977 casos de COVID-19, dos quais 109 resultaram em mortes.
"Quando fui alarmista, quando avisei que o bombardeio ia chegar, todos os aproveitadores de plantão usaram muito isso (contra mim). Então, quero avisá-los que o bombardeio chegou à nossa cidade e nós vamos tentar controlá-lo", disse o prefeito.
"Eu, como prefeito, sentado aqui, peço desculpas a todos aqueles que respeitaram tanto este isolamento neste momento. Humildemente, peço à população de Belo Horizonte: vamos respeitar a ciência, vamos respeitar o que deu certo no mundo inteiro. Não há outro caminho. Estamos em descontrole? Não. Segundo fui informado pela equipe da COVID-19, não. Mas podemos chegar perto do colapso ou do descontrole", completou Kalil.
Da Redação
*Com informações Estado de Minas
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