O Senado da Argentina aprovou na madrugada desta quarta-feira (30), a legalização do aborto até a 14ª semana de gestação. O projeto de lei que já havia sido confirmada na Câmara dos Deputados do país, agora foi aprovado pelo Senado por 38 votos a 29, em um debate que durou 12 horas.
Após a 14ª semana de gestação, o aborto será permitido apenas em casos de risco de vida para a gestante ou quando a concepção é fruto de um estupro. O procedimento será gratuita no sistema de saúde da Argentina.
O governo calcula que abortos clandestinos já causaram a morte de mais 3 mil mulheres no país desde 1983. Todos os anos, cerca de 38 mil mulheres são hospitalizadas por conta deste procedimento.
O Congresso também aprovou a 'Lei dos 1.000 dias', para dar apoio material e de saúde às mulheres de setores vulneráveis que desejam levar adiante a gravidez, de modo que as dificuldades econômicas não representem um motivo para abortar.
Com a aprovação, a Argentina passa a ser o 67º país a ter o aborto legalizado, e se torna o quarto país, com a maior população, a aprovar a legalização do aborto na América Latina. Atualmente, apenas Cuba, Guiana e Uruguai possuem legislações que permitem a interrupção legal da gravidez.
Da Redação
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