O filme “Lindinhas” da Netflix, vem sendo acusado de apoiar a sexualização de crianças, o que tem gerando bastante polêmica dentro e fora do Brasil. Com isso, o longa vem sofrendo diversas críticas e boicotes, além do streaming perder inúmeros assinantes.
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, também tem feito duras críticas ao longa. Ela chamou o filme, premiado no festival Sundance, de “abominável”, e pediu a suspensão da veiculação do filme pela Netflix. O pedido foi encaminhado à Coordenação da Comissão Permanente da Infância e Juventude (COPEIJ).
O secretário Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente, Maurício Cunha, afirma que “o filme apresenta pornografia infantil e múltiplas cenas com foco nas partes íntimas das meninas enquanto reproduzem movimentos eróticos durante a dança, se contorcem e simulam práticas sexuais”.
De acordo com Cunha, o filme está longe de ser entretenimento ou liberdade de expressão, na verdade, afronta e fragiliza a normativa nacional de proteção à infância e adolescência.
Já a diretora Maïmouna Doucouré, se defendeu dizendo que o filme é justamente uma crítica à sexualização de crianças em nome de uma suposta liberdade sexual. "Eu conversei com centenas de pré-adolescentes para entender como elas se relacionavam com sua feminilidade hoje em dia. Essas garotas veem que, quanto mais a mulher é sexualizada nas redes sociais, mais bem-sucedida ela é. E sim, isso é perigoso."
O governo francês também se pronunciou, dizendo que o filme e à diretora se baseiam em uma série de imagens descontextualizadas e reducionistas. Além disso, os ataques imputam à diretora uma intenção que ela não teve e que vai em “total contradição com o que a obra propõe”, defendendo ainda, a difusão do longa-metragem de Maïmouna Doucouré pelo mundo, em nome da liberdade de criação, pilar essencial da vida democrática.
Em nota, a Netflix diz que o filme “é um comentário social contra a sexualização de crianças. É um filme premiado e uma história poderosa sobre a pressão que jovens meninas enfrentam nas redes sociais e também da sociedade. Nós encorajaríamos qualquer pessoa que se preocupa com essas questões importantes a assistir ao filme”.
Da Redação
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