A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (FICCO-MG), composta pelas polícias Civil, Federal, Polícia Penal de Minas Gerais (PPMG) e o Departamento Penitenciário Federal (Depen), desencadearam na manhã desta quinta-feira (8) a operação “Alegria”, que faz referência à forma como os membros da organização chamavam o Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, “Nelson Alegria”.
A ação tem objetivo de combater organizações criminosas comandada por servidores públicos e advogados que vendia vagas em presídios e até em determinadas alas das unidades de Minas Gerais. Ao todo, são cumpridos 29 mandados de prisão preventiva e 45 de busca e apreensão em 15 municípios do estado.
Segundo as investigações, uma organização criminosa comandada por servidores públicos e advogados que negociavam vendas de vagas em unidades prisionais, vagas em determinados pavilhões, a entrada de objetos não permitidos, dentre outras práticas ilícitas. O pagamento era repartido entre os líderes da organização criminosa. Presos de alta periculosidade eram transferidos indevidamente de unidades, além de serem colocados em pavilhões com benefícios a que não teriam direito pelas normas de execução penal.
Os mandados judiciais foram expedidos pela Vara de Inquérito de Contagem e têm alvos em Belo Horizonte, Betim, Contagem, Fervedouro, Francisco Sá, Lagoa Santa, Matozinhos, Muriaé, Ouro Preto, Passo, Patrocínio, Ribeirão das Neves, Uberaba, Uberlândia e Vespasiano.
Segundo o Ficco, os presos são investigados por participação em organização criminosa, corrupção ativa, passiva e concussão. Somadas, as penas podem chegar a 20 anos de prisão.
Em nota à imprensa, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) ressaltam, de forma enfática, que não compactuam com quaisquer desvios de conduta de seus servidores, e que apoiam todas as operações que visam a correição de desvios de seus servidores.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias