A concessionária EPR Via Mineira deu início à fase de testes do sistema de medição de velocidade média na BR 040, no trecho que liga Belo Horizonte a Juiz de Fora. Os primeiros equipamentos foram instalados em Nova Lima, na Região Metropolitana da capital, entre os quilômetros 545 e 551, sentido Juiz de Fora, onde o limite é de 100 km/h. A etapa, de caráter educativo, começou a ser executada em razão de o modelo ainda aguardar homologação do Inmetro antes de passar por análise e regulamentação no Congresso Nacional. A proposta é utilizar a tecnologia como ferramenta de segurança viária em um futuro próximo.
Diferente dos radares convencionais, o novo sistema registra a placa do veículo no início e no fim do trecho monitorado. Com base na distância percorrida e no tempo de deslocamento, calcula-se a velocidade média. O objetivo é incentivar uma condução mais regular, evitando acelerações e frenagens bruscas apenas nos pontos em que há fiscalização visível.
Durante o primeiro período de observação, ocorrido entre os dias 11 e 21 de outubro, 306 veículos ultrapassaram o limite permitido, com média de 105 km/h. A concessionária informa que, nesta etapa, não há emissão de multas nem cobrança de valores, já que o sistema está sendo utilizado exclusivamente para fins educativos.
De acordo com o diretor executivo da EPR Via Mineira, Eric de Almeida, o intuito é reforçar a conscientização dos condutores quanto à importância de respeitar os limites de velocidade durante todo o trajeto, e não apenas nos locais em que há radares fixos. Ele destacou que o foco do projeto é promover comportamentos que contribuam para um trânsito mais seguro e harmonioso entre motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres.
Em entrevista ao jornal O TEMPO, Almeida explicou que, desde o início da concessão, havia o compromisso contratual de aprimorar a segurança na rodovia. No meio deste ano, foram modernizados os controladores de velocidade nos quilômetros 545 e 551, que passaram a operar em julho. Em seguida, a empresa responsável pelos equipamentos foi acionada para incluir a medição de velocidade média no trecho, de forma experimental, a partir de meados de outubro. Assim, os radares que já fiscalizavam a velocidade pontual também passaram a monitorar a média entre os dois pontos.

O trecho escolhido, de 6 quilômetros, é mais extenso do que o usado em testes na BR 050. Nesse caso, um veículo deve percorrer o intervalo em, no mínimo, 3 minutos e 36 segundos. Caso o tempo seja inferior, o sistema identifica que a velocidade média foi superior à permitida. Almeida ressaltou que o formato vem apresentando bons resultados e lembrou que, em alguns países europeus, a distância entre radares pode ultrapassar 50 quilômetros.
A escolha do ponto em Nova Lima, nas proximidades do bairro Jardim Canadá, foi estratégica. Segundo o diretor executivo, trata-se de um trecho com alto fluxo e recorrência de excesso de velocidade, além de ser uma das principais saídas da capital. A instalação, portanto, busca ampliar a educação no trânsito em um local com grande movimento de veículos.
Por enquanto, não há previsão para ampliação do número de equipamentos com essa tecnologia. Caso o Inmetro e, posteriormente, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) homologuem o modelo, a concessionária poderá expandir o sistema para outros trechos. Até lá, o uso será apenas educativo, complementado por blitzes informativas voltadas a motoristas que excederem o limite de velocidade. A iniciativa integra o Programa Conviver, voltado à segurança viária e à utilização responsável das rodovias.
O consultor em transporte e trânsito Silvestre de Andrade considera que a adoção do sistema traz benefícios, mesmo sem aplicação de multas. Para ele, a simples presença dos radares estimula o respeito às regras, além de permitir a coleta de dados relevantes para futuras análises.
Segundo Andrade, o monitoramento pode fornecer informações sobre horários e locais com maior incidência de excesso de velocidade e ajudar a identificar condutores reincidentes. Ele avalia ainda que as distâncias entre os pontos de fiscalização devem variar conforme as características de cada rodovia, já que fatores como acessos intermediários podem influenciar a precisão do cálculo da velocidade média.
Da Redação
Com informações o Tempo
Sete Lagoas Notícias
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