Pessoas com diagnóstico de diabetes Tipo 1, e algumas das consideradas do Tipo 2, precisam fazer aplicação de insulina, a fim de controlar o nível de glicose no sangue. Neste contexto, existem inúmeros tipos de insulina disponíveis no mercado, que se diferenciam pelo tempo que demoram para fazer efeito e, também, pelo período que ficam ativas no corpo.
A partir do entendimento do funcionamento da insulina é que, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o diabético pode planejar suas refeições e demais atividades do dia. Portanto, o tempo de ativação da glicose no sangue se torna fundamental no tratamento e controle da doença. E é neste cenário que a empresa Novo Nordisk, localizada em Montes Claros, deu início à patenteação de uma insulina ultrarrápida no Brasil.
A diretora médica da Novo Nordisk Brasil, Priscilla Olim de Andrade Mattar, explica que a nova insulina, intitulada Fiasp (insulina asparte de ação rápida), foi criada a fim de que a administração do medicamento seja feita no momento exato da refeição ou, até mesmo, 20 minutos após o início da alimentação.
“Esse medicamento tende a ser benéfico para o amplo espectro de pessoas com diabetes no Brasil, que necessitam de insulina nas refeições. A opção de poder administrar a insulina imediatamente antes, ou até 20 minutos após, o início de uma refeição, sem comprometer o controle glicêmico geral, oferece uma vantagem para aqueles com horários altamente variáveis ou mesmo quando a ingestão de alimentos é imprevisível.”
Além disso, Priscilla destaca que, por esse tipo de insulina ser absorvida rapidamente pelo organismo, ela pode oferecer uma vantagem particular às pessoas que usam um sistema de infusão subcutânea contínua de insulina, a conhecida bomba de insulina, permitindo um melhor desempenho no controle dos níveis de glicemia em um determinado intervalo de tempo, ao longo do dia.
“De uma forma geral, as características da Fiasp representam mudanças positivas a longo prazo, como maior adesão ao tratamento, visto que esse tipo de insulina facilita a rotina alimentar; melhora no controle da glicemia pós-prandial, aquela depois das refeições; e um controle efetivo da hemoglobina glicada, um indicativo importante da taxa de açúcar no sangue acompanhado pelos médicos para diminuir as chances de complicações da diabetes”, ressalta.
Por Estado de Minas
Sete Lagoas Notícias