Um novo decreto foi publicado na segunda-feira (11), incluindo academias de ginástica, cabeleireiros, barbearias e salões de beleza como atividades essenciais durante a pandemia da Covid-19. Essas atividades passam a ser essenciais, desde que as determinações sanitárias estabelecidas pelo Ministério da Saúde sejam obedecidas.
Porém, governadores de alguns estados se posicionaram sobre a decisão de Jair Bolsonaro em reabrir esses estabelecimentos, e afirmaram que nada muda em seus estados nas políticas de restrição de circulação e que vão ignorar o novo decreto.
Camilo Santana, do Ceará, publicou em suas redes sociais que "apesar do presidente baixar decreto considerando salões de beleza, barbearias e academias de ginástica como serviços essenciais, esse ato em NADA altera o atual decreto em vigor no Ceará, e devem permanecer fechados".
Flávio Dino, do Maranhão, disse que "nada muda até o dia 20". "Bolsonaro deveria estar preocupado com a atividade realmente essencial que cabe a ele cuidar, a de presidente da República, e passar a exercê-la com seriedade", disse Dino.
João Doria, de São Paulo, afirmou que vai avaliar e deve anunciar sua decisão nesta terça-feira (12).
O paraense Hélder Barbalho e Renato Casagrande, do Espírito Santo, também disseram que vão ignorar o decreto de Bolsonaro e seguirão com as suas políticas restritivas.
No Rio de Janeiro, a assessoria do governador Wilson Witzel informou que o estado crê que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) dando autonomia para governadores legislarem sobre o tema dá segurança para a manutenção das restrições. "Continuaremos com medidas regionais, alinhando medidas locais com os prefeitos, na proporção da taxa de contaminação", afirmou Rui Costa, governador da Bahia.
Segundo decisão do STF, tomada em abril, estados e municípios podem adotar as medidas que acharem necessárias para combater o novo coronavírus, como isolamento social, fechamento do comércio e outras restrições, sem aval do governo federal.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias