Os seguranças Carlos Felipe Soares e William da Cruz Leal, acusados de matar o fisiculturista sete-lagoano Allan Guimarães Pontelo, de 25 anos, na casa noturna Hangar 677, em Belo Horizonte, são julgados nesta segunda-feira (24), no Fórum Lafayette. Também foram indiciados Paulo Henrique Pardim de Oliveira, e um cabo da Polícia Militar, cujo nome não foi revelado.
O crime ocorreu no dia 2 de setembro de 2017, quando Alan e um grupo de amigos se divertia no local, até o jovem ser abordado pelos funcionários da casa de shows, localizada no Bairro Olhos D`Água, na capital (relembre o caso).
De acordo com o delegado responsável pelo inquérito, Magno Machado, os seguranças Carlos e William desconfiaram que Alan e um amigo portavam drogas, quando eles se dirigiam para o banheiro. Eles foram seguidos e com a vítima foram encontradas substância ilícitas.
Alan foi levado para uma sala reservada, longe do alcance das câmaras de segurança. “Nesse momento, Paulo Henrique se aproximou e se identificou como policial civil, informando à vítima que a mesma seria presa. Alan se desesperou e tentou sair do local, momento em que passou a ser agredido”, destacou Machado.
Segundo informações, a Polícia Militar foi chamada ao local porque o jovem estaria portando drogas. No entanto, o corpo apresentou sinais de violência, e um amigo relatou agressões. Parentes afirmaram que Allan foi espancado pelos seguranças.
A sessão é presidida pela juíza Fabiana Cardoso Gomes Ferreira. De acordo com a assessoria do fórum, o réu Carlos não compareceu ao júri, mas isso não impede a realização do julgamento. Paulo Henrique Pardim também deveria se apresentar réus nesta segunda-feira, mas ele teve o júri desmembrado, já que o advogado dele está hospitalizado.
Além de Carlos, William e Paulo, outro segurança também responde ao crime. Um quinto homem chegou a ser denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), mas não foi comprovada a participação dele.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias