O Senac em Sete Lagoas e o Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren-MG) deram mais um passo para a inclusão. No dia 9 de agosto, a presidente em exercício do Coren-MG, Maria do Socorro Pena, pôde conhecer Alice Gonçalves, de 19 anos, aluna do curso Técnico em Enfermagem do Senac em Sete Lagoas. Alice é a primeira estudante do curso com Síndrome de Down em Minas Gerais.
A coordenadora de educação inclusiva do Senac, Juliana Gaudêncio, detalhou o trabalho feito pela instituição para o acompanhamento e desenvolvimento de pessoas com deficiência e reforçou a responsabilidade que a instituição possui sobre todos os alunos que são certificados nos cursos: " A educação é um direito de todos, assim, temos o compromisso em entender a condição da Alice para oferecer adaptações para que ela possa alcançar o conhecimento teórico e prático necessários para qualquer profissional de enfermagem", explica.
Alice Gonçalves transbordava empolgação e alegria durante a visita, contou que quis fazer enfermagem por sempre ajudar a cuidar da avó e do avô e que também para atuar com outras pessoas com Síndrome de Down e outras deficiências. “O curso é bem divertido e interessante e me sinto empolgada. Aprendo rápido os assuntos e práticas e aquilo que não entendo, sempre tenho o apoio da docente para me auxiliar. Eu sou uma pessoa batalhadora! A enfermagem é o cuidar, me identifico muito. Sinto que estou longe e vou voar ainda mais”, conta a estudante.
A aluna tem uma profissional que a auxilia nas atividades didáticas dentro de sala de aula, além do acompanhamento constante da docente e demais funcionários. Senac já formou alunos com Síndrome de Down em diversas áreas como gestão, estética e gastronomia e conta com um setor administrativo focado exclusivamente em ações de inclusão, a área de Tecnologias Inclusivas.
A presidente em exercício do Coren-MG, Maria do Socorro Pena, se mostrou sensibilizada com o trabalho que vem sendo desenvolvido e abriu portas para parcerias entre as instituições para acompanhar o desenvolvimento da Alice e de outros alunos ao longo do curso "Ficamos muito honrados em saber que contribuímos para a inclusão, para o sonho de alguém. O Coren está disposto a atuar no estudo e desenvolvimento da Alice naquilo que for necessário, em um trabalho conjunto com família, escola e a própria sociedade", pontua.
Compromisso com a Inclusão
Acompanhando o dia a dia na sala de aula da estudante Alice, a docente do Senac Aretuza de Figueiredo foi quem propôs esse contato mais próximo com o Conselho Profissional. Aretuza lembrou que o trabalho de inclusão que vem sendo feito precisa atingir não só a Alice, mas toda turma. "No início vimos que os colegas precisavam ainda se acostumar em relação a Alice. Hoje, após o desenvolvimento dos primeiros trabalhos, todos estão revendo os conceitos e entendendo que Alice tem totais condições de desenvolver as atividades propostas", comenta.
Apaixonada por redes sociais e vídeos, Alice impressionou a todos pela sua capacidade de desenvolvimento e mesmo que ainda no início do curso, com as adaptações e intervenções necessárias tanto na prática quanto na teoria, ela pode vir a possuir um registro do Coren: "existem diversas áreas dentro da enfermagem que a Alice poderá atuar, com toda essa sensibilidade e alegria que estamos conhecendo nela e desempenhar um papel profissional brilhante" conclui Maria do Socorro.
Sobre o Senac em Minas
Com um olhar atento às tendências mundiais e no contexto da Revolução 4.0, o Senac tem como propósito oferecer educação profissional de qualidade, com base nas demandas empresariais e sociais, e nas tendências do mundo do trabalho, da inovação e dos princípios de sustentabilidade. O portfólio de cursos da instituição é desenvolvido com base na necessidade do mercado, considerando pesquisas, estudos e contatos diretos com os empresários. São 40 unidades educacionais distribuídas no estado e 12 carretas móveis que reproduzem os ambientes das salas de aula.
O Senac oferece opções de cursos livres, técnicos, graduação e MBA, que permitem uma formação complementar transversal, o chamado itinerário formativo. O aluno pode traçar sua trajetória partindo dos cursos de formação inicial chegando ao ensino superior ou vice-versa. Além disso, a variedade de segmentos de atuação (gestão, saúde, gastronomia, comércio, idiomas, tecnologia da informação, moda, segurança, beleza, meio ambiente, turismo, design, produção de alimentos, entre outros) corroboram com uma formação diferenciada.
Por Mateus Santos
Sete Lagoas Notícias
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