Uma reportagem assinada por Pedro Ferreira e publicada pelo Portal O Tempo, de Belo Horizonte, revela que em Esmeraldas, a 34 km de Sete Lagoas, um grupo de mulheres vem passando constrangimentos nas redes sociais por conta de postagens difamatórias. As informações foram publicadas em um grupo intitulado “Verdades Secretas de Esmeraldas: O Book Rosa das Tops de Pedra Verde”.
De acordo com a reportagem, 14 moradoras da cidade, de 33 mil habitantes, constam em uma lista publicada em um perfil falso do Instagram tachadas como “garotas de programa de luxo, adúlteras, homossexuais e caça-dotes”. A mensagem foi espalhada pelo aplicativo WhatsApp e a informação falsa se alastrou pelo município, segundo as vítimas.
“Todo mundo me conhece e me olha diferente na rua. Escreveram só calúnia, tudo falso”, reagiu uma educadora infantil, de 27 anos. A mulher, que tem filhos pequenos, conta que ainda não se recuperou da perda do marido, falecido há nove meses, e foi chamada de “sedutora”, “capaz de enlouquecer qualquer novinho rico com seus olhos verdes”. “Eles me acusaram até mesmo de matar meu marido, que tinha uma condição financeira boa. As pessoas ficam me apontando na rua”, lamentou uma vítima, que não teve o nome divulgado.
Outra mulher apontada como garota de programa “experiente” consta na lista com a caraceterística de não cobrar apenas em dinheiro, mas também por aceitar presentes e festas de luxo como pagamento. Vários relatos do tipo são feitos conferindo “atributos” às mulheres da lista, de acordo com a reportagem.
Por conta do episódio, o inspetor da Polícia Civil de Esmeraldas, Eduardo Machado, concedeu uma entrevista ao mesmo portal. Ele afirmou que a delegacia da cidade não tem capacidade técnica para rastrear a autoria da postagem na internet, mas informou que, assim que receber a queixa, o caso será encaminhado para a Delegacia Especializada em Crimes Cibernéticos, na capital mineira. A pena prevista para quem comete esse tipo de crime varia de três meses a um ano de prisão.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias