Um único guitarrista no palco capaz de reproduzir o som de uma banda inteira. Assim são as apresentações da carreira solo de Gleison Tulio, músico, instrumentista e produtor musical que, com seu violão elétrico semi-acústico e aparatos tecnológicos, consegue ser auto suficiente em seus shows. O artista de Pedro Leopoldo tem agenda concorrida, pois além do trabalho solo ainda toca em um projeto com sua esposa Keilla Jovi, na banda Soda Super e na Blues Maker.
Conhecido na cena do rock em todo estado e até no exterior, ele ganhou ainda mais projeção participando do programa Superstar da TV Globo, ao se apresentar com a banda Powertrip. Ao SeteLagoasNotícias.com.br, o músico revelou que, apesar de tocar com bandas, sempre gostou mais de se apresentar sozinho, tanto que foi autodidata ao aprender violão e guitarra.
Durante a carreira profissional, que começou aos 11 anos, Gleison foi incorporando suas referências de outros instrumentos ao seu jeito de tocar. Ele disse se inspirar em Jaco Pastorius, um baixista de jazz norte-americano da década de 1980, e em Robert Johnson, um cantor e guitarrista norte-americano de blues dos anos 1930.
“Estou tentando aprimorar e criar um estilo próprio. A minha base é o violão percussivo. Eu tento, primeiro, tocar o violão de uma maneira diferente, explorando os recursos percussivos do corpo do violão na madeira. Junto a isso eu entro com um aparato tecnológico de pedais que vão, junto com esse violão percussivo, mudar os timbres do instrumento criando várias possibilidades”, explica o músico.
Família e carreira
A música é algo que sempre esteve presente na família de Gleison Tulio, mas foi ele o primeiro músico profissional entre os parentes. Sua mãe tem por hobby cantar, seu pai toca cavaquinho, seus irmãos tocavam bateria e tinha tios que também gostam de cantar ou tocar. Essa afeição por instrumentos já conquistou os filhos de Gleison. Suas duas filhas do primeiro casamento tocam violão e o filho do segundo casamento, que ainda é bebê, já demonstra gostar de música, segundo ele.
Sempre lotados, seus shows são inéditos, pois não têm repertório previamente montado e o modo como serão executadas as músicas é definido por ele já em cima do palco. Com várias apresentações fora do país, Gleison afirma que tem tido retorno positivo e que o público tem gostado de seu trabalho, mas critica que apenas no exterior as pessoas prestam atenção ao que está ocorrendo no palco e interagem com os músicos: “O povo não está ligando muito para instrumento aqui no Brasil. Hoje em dia você está fazendo um show homérico, dando o melhor de si e às vezes o povo nem vira para trás, te viram as costas. Tocar o instrumento ficou meio demodê. Às vezes um Dj faz mais sucesso apertando uns botõezinhos do que a gente que faz música 'operária' ”.
Conheça mais sobre a carreira do músico em seu site oficial e veja sua técnica peculiar no vídeo.
Por Ana Amélia Maciel
Sete Lagoas Notícias