Não bastasse o caos do desabastecimento vivido pela população nos últimos dias, reflexo da paralisação dos caminhoneiros pelo preço do diesel, entrou em vigor na manhã desta terça-feira (28) o novo reajuste na conta de luz proposto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O aumento varia entre 18,53%, para consumidores residenciais com baixa renda, e 35,56%, no caso das indústrias.
De acordo com a Aneel, o reajuste médio é de 23,19% e se dá pela revisão tarifária periódica, feita pela companhia a cinco anos. Essa revisão “reposiciona as tarifas cobradas dos consumidores após analisar os custos eficientes e os investimentos prudentes para a prestação dos serviços de distribuição de energia elétrica, em intervalo médio de quatro anos”, de acordo com o comunicado da Aneel.
Cálculo
De acordo com a Aneel, os valores cobrados nas tarifas serão difrerenciados de acordo com as categorias de consumidores. Os que utilizam a baixa tensão, como clientes do comércio, prédios públicos, propriedades rurais, residenciais e iluminação pública, terão que arcar com um aumento médio de 18,63%. Já para as indústrias, que utilizam a alta tensão, o reajuste será de 35,56%.
Ainda de acordo com a Aneel, todo ano são concedidos reajustes para as energéticas com base em seus custos de produção, remuneração dos acionistas e valores da energia gerada. A cada cinco anos, a agência faz uma revisão mais abrangente, considerando custos e investimentos de longo prazo, o que justifica o atual reajuste da Cemig segundo a agência.
A Aneel ainda atribui ao período de estiagem registrado a partir de 2014 o maior custo da produção de energia, o que ocasionou a utilização de usinas térmicas que utilizam insumos de custo maior, como diesel e o gás natural.
A Cemig calclua que 8,3 milhões unidades consumidoras serão afetadas em 774 municípios em todo o Estado.
Da Redação
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