O preço da cesta básica subiu em pelo menos 15 capitais brasileiras entre julho e junho, segundo pesquisas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Os principais fatores para essa alta se devem ao clima seco, a elevação do preço do petróleo e aumento das exportações.
As maiores altas foram registradas em Fortaleza (3,92%), Campo Grande (3,89%), Aracaju (3,71%), Belo Horizonte (3,29%) e Salvador (3,27%). Apenas Brasília (-0,45%) e João Pessoa (0,70%) registraram baixa.
Os produtos que elevam essa alta são açúcar, café em pó e tomate. A economista Patrícia Costa, supervisora da Pesquisa da Cesta Básica, explicou que o clima seco e as baixas temperaturas são os principais motivos do aumento nas 15 capitais. A cesta mais cara do Brasil é a de Porto Alegre, que chega a R$ 656,92. A composição varia de 12 a 13 itens, de acordo com a região do país.
“Você tem uma oferta reduzida do açúcar devido ao clima seco e a entressafra no Norte e Nordeste. Além disso, o Brasil vem exportando muito açúcar, o que diminui a demanda e o preço aumenta. A geada e o frio vêm trazendo prejuízos para a safra desse ano e ano que vem no café. O tomate também sofre porque ele demora mais para maturar no frio”, pontuou Costa.
Segundo a supervisora, a expectativa é que os preços destes produtos deverão continuar a subir nos próximos meses. Ela destacou que além do impacto climático, a demanda do país também é baixa devido à alta da inflação, que encarece os serviços básicos.
“Ainda temos problemas na oferta de alguns produtos, principalmente pelo clima e pelas exportações. Mas a demanda interna também está bem enfraquecida. Com isso, as pessoas têm menos poder de compra por conta do aumento da inflação. A gente vem observando aumento no preço dos alimentos, na conta da energia elétrica, no gás e tudo faz com que as famílias brasileiras, principalmente de baixa renda, tenham menos dinheiro para os alimentos. Em agosto a gente tem ainda a influência da geada, com impacto muito negativo nas lavouras”, explica a economista.
O Dieese também estimou que o salário mínimo necessário para alimentar uma família de quatro pessoas deveria ser equivalente a R$ 5.518,79, valor que corresponde a 5,02 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100.
Da Redação
Com informações CNN Brasil
Sete Lagoas Notícias
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