Quase dez milhões de brasileiros ainda estão esperando o processamento da solicitação do auxílio emergencial para poder receber a primeira parcela de R$600, enquanto isso militares, jovens de classe média, esposas de empresários, servidores públicos aposentados e dependentes receberam o benefício indevidamente, já que o auxílio é destinado a pessoas de baixa renda para o enfrentamento da crise do novo coronavírus.
Essa irregularidade só foi percebida devido uma checagem mais rigorosa nos dados dessas famílias. Segundo fontes do governo, os fraudadores omitiram a renda do domicílio no cadastro feito na Caixa Econômica Federal, e afirmaram que eles aproveitaram do frágil sistema de tecnologia de cadastros e, se nada for feito, o Tesouro Nacional pode sofrer rombo superior a R$ 900 milhões.
A Dataprev admitiu que “as bases federais não conseguem refletir instantaneamente a situação atual das pessoas e, ainda, são geridas por diversos órgãos diferentes e foram criadas para atender a finalidades distintas”. Afirmou também que essa situação ocorre há “anos no Brasil e não na atual gestão, que está há 18 meses no poder”. E que “a Controladoria-Geral da União (CGU) acompanha todo processo”.
O Tribunal de Contas da União (TCU) disse que apura possíveis fraudes no auxílio emergencial. A Caixa reiterou que apenas faz o pagamento, “após o recebimento de dados avaliados pela Dataprev e homologados pelo Ministério da Cidadania.”
O Ministério da Defesa já havia identificado que o auxílio tinha sido pago de forma indevida para cerca de 73.242 militares das forças armadas. O Tribunal de Contas da União determinou que fosse realizado o bloqueio da conta desses beneficiários e o dinheiro fosse devolvido. Segundo informações, isso deve ocorrer com os novos fraudadores.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias