Muitos estados brasileiros apresentam números elevados de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre crianças de 0 a 9 anos, de acordo com o Boletim InfoGripe publicado na última quinta-feira (14), pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os dados são referentes à semana entre os dias 3 e 9 de outubro.
De acordo com o levantamento, focado no monitoramento da Covid, para esse grupo etário, “observa-se que a estabilização se dá em valores entre 1000 a 1200 casos semanais, valores próximos ao que se registrou no pico de julho de 2020 (1282 casos na semana 29). Nas demais faixas etárias, o patamar atual representa os menores valores desde o início da epidemia no Brasil, embora o cenário de leve aumento nas faixas etárias entre 20 e 69 anos aponte para a necessidade de cautela e acompanhamento adequado do impacto das medidas de flexibilização”.
Mas vale lembrar que isso não quer dizer que as crianças estejam adoecendo somente por causa da Covid. Outros vírus podem estar provocando o elevado número de SRAG. “A análise de casos positivos para diferentes vírus respiratórios, seccionada por idade, também aponta presença considerável de vírus sincicial respiratório (VSR) dentre as crianças”, diz a Fiocruz.
Já na população adulta, é possível afirmar que a Covid-19 ainda é predominante nos casos de SRAG. A infecção por Sars-CoV-2 é responsável quase que pela totalidade dos casos com identificação de vírus respiratório por exame laboratorial.
O levantamento apontou ainda que na faixa dos 10 aos 19 anos foi observada diminuição da positividade (percentual de casos com identificação de vírus respiratório), mas ainda com predomínio marcante de Sars-CoV-2 entre os infectados, com presença relativamente pequena de casos positivos para rinovírus.
Ainda de acordo com o boletim, o cenário brasileiro é considerado estável, mesmo com sinal de crescimento leve nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas). O sinal de crescimento leve está presente em todas as faixas etárias entre 30 a 69 anos, no entanto, esse índice está fixado em patamar elevado apenas no caso das crianças.
“Em função do avanço da cobertura vacinal de primeira e segunda dose entre adultos e jovens adultos, é de fundamental importância acompanhar a evolução de casos entre a população de crianças e adolescentes, bem como nos mais idosos, para um acompanhamento da tendência e nível de transmissão comunitária”, diz o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
Por O Tempo
Sete Lagoas Notícias
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