Giuliano Augusto Trondoli Cunha, de 28 anos, confessou a Polícia Civil ter causado um aborto em sua namorada, sem seu consentimento. Tamires, de 32 anos, estava grávida de 13 semanas, quando no dia 14 de novembro, o companheiro inseriu pílulas abortivas nela durante um ato sexual. Ele usou três comprimidos de Cytotec, um medicamento abortivo e de uso restrito do SUS.
Ele foi preso em flagrante e a pedido do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) teve sua prisão convertida em preventiva, mas depois da Justiça ter aceitado um pedido de Habeas Corpus, ele foi solto sob fiança no valor de R$ 10 mil e aguarda o julgamento em liberdade.
Segundo Tamires, o homem foi informado a respeito da gravidez no dia 14 de setembro, logo após o resultado positivo. No mesmo dia ele foi para casa dela e passou três dias falando sobre aborto, pedindo que a mulher procurasse uma clínica para retirar do feto, e até cogitou a possibilidade de doar a criança. Mas, alguns dias depois ele pediu desculpas e disse que estava nervoso no começo.
Ainda conforme a mulher, o namorado se tornou uma pessoas diferente. Ele fazia tudo, cozinhava, se preocupava com as consultas, acompanhava a namorada nos exames medicos, e chegou até a pedir para escolher o nome do filho.
Na manhã do último domingo (15), Tamires acordou com muita dor e, ao usar o banheiro, notou dentro da vagina resíduos do que pareciam ser dois comprimidos. Ela questionou o companheiro, que disse ter inserido os comprimidos nela durante o sexo, e que seria "viagra feminino".
A mulher insistiu em ir ao hospital, e ele pediu que ela ficasse em casa e tomasse um remédio para cólica. Porém, no hospital, ficou constatado que ela estava abortando. A caminho do ultrassom, ela mesma ligou para a polícia, que prendeu o companheiro.
Posteriormente Giuliano confessou ter inserido três comprimidos de Cytotec na vagina de Tamires durante o sexo e ter dito que se tratava de um estimulante sexual.
O homem alegou estar incomodado porque a namorada queria seguir com a gravidez, e declarou ainda, ter adquirido o abortivo pela internet.
O autor foi denunciado pelo Ministério Público, e uma medida protetiva foi concedida para impedir que ele se aproxime de Tamires ou de conhecidos dela.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias