Uma proteína capaz de ser identificada no sangue consegue detectar a doença de Alzheimer anos antes de aparecer. O estudo é liderado por pesquisadores da Universidade de Lund, na Suécia, e foi publicado na terça-feira (28), pela revista científica Journal of Experimental Medicine. Outra boa notícia, é que por ser um teste simples e barato, se torna acessível a um número muito maior de pessoas.
A princípio, eles queriam responder se o índice de fosfo-tau217, abundante no sistema nervoso central e no sistema nervoso periféricos, aumentam durante as etapas iniciais do Alzheimer. Estima-se, que o método baseado nessa proteína, poderia detectar as mudanças cerebrais até 20 anos antes de aparecerem os primeiros sintomas da doença.
Segundo informações, o estudo incluiu 1.402 pacientes divididos em três grupos e concluiu que o biomarcador (proteína fosfo-tau2017) é uma forma eficiente para realizar o diagnóstico. O achado é importante para o tratamento dos pacientes, pois os sinais da doença podem ser identificados mais cedo.
Durante a Conferência Internacional da Associação de Alzheimer em Chicago, que aconteceu nesta semana, a cientista e porta-voz da Associação de Alzheimer dos EUA, Maria Carrillo, comemorou o resultado. “Existe uma necessidade urgente de ferramentas que sejam simples, de baixo custo e não invasivas para o diagnóstico da doença. A possibilidade de uma detecção precoce, que permita intervir com tratamento antes que a doença cause perdas significativas no cérebro, seria uma grande mudança para os pacientes, as famílias e nosso sistema de saúde.”
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença é a forma mais comum de demência e representa entre 60% e 70% de todos os casos de síndromes envolvendo deterioração de memória, pensamento, comportamento e a capacidade para realizar atividades diárias.
Da Redação
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